A história da cerveja - Parte 3. Expansão e desvalorização
- Matheus Felipe Braga
- 14 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

Com o passar do tempo, a comercialização de cerveja se tornou cada vez maior e mais complexa. O Egito exportava muito, para inúmeras civilizações, isso fez com que houvesse um interesse das demais por aprender e desenvolver sua própria cerveja. Muito distante dalí, chineses e japoneses desenvolveram avanços significativos em produções de bebidas com base de cereais, como o arroz, produzindo assim o Sanshu (China) e o Saké (Japão) ainda nos anos 2300 a.C.

Os egípcios acabaram por ensinar aos gregos produzir cerveja de modo convencional. E a cerveja evoluiu durante o período grego e romano. Mesmo sendo considerada uma bebida menos nobre que o vinho para os respectivos povos. Este fato da nobreza do vinho perante à cerveja para os gregos e romanos, pode ser associado à facilidade do cultivo de uvas nestas áreas, contrabalanceando a necessidade de importação de cevada, que indicaria pontos de dependência dos impérios sob domínio egípcio, que poderiam facilmente controlar preços e travar a economia.
Com a desvalorização da cerveja, gregos e romanos, puderam crescer e controlar aos poucos um vasto império. A cerveja só seria servida às classes mais desfavorecidas e regiões de domínio romano, como os povos germanos e gauleses. Muitos filósofos da época referiram à bebida como algo “horrível” e que só os bárbaros bebiam. Não estavariam eles, cuidando de sua economia? Já que eram e são considerados até hoje, homens sábios e de grande influência, poderiam estar tentando derrubar preços do produto importado mais valorizado para obter soberania e controle?

Certamente gregos e romanos sabiam o que queriam, e acabaram por conseguir, tornaram-se fortes e imbatíveis por muito tempo na história. Porém, os povos bárbaros da época, eram bem avançados, mesmo não sendo vistos como tais, aperfeiçoaram as técnicas para desenvolver cervejas cada vez melhores. Criaram padrões, evoluíram métodos e buscaram novos ingredientes. A cerveja estava crescendo fora da nobreza, e ao final do império romano, já se tinham geograficamente estabelecidas as regiões de consumo e cultivo cervejeiro e vinífero por todo continente europeu.
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