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50 tons de cerveja.

  • Foto do escritor: Matheus Felipe Braga
    Matheus Felipe Braga
  • 9 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

Atualmente, com a busca por chamar o consumidor a experimentar novos produtos, lidamos com aspectos visuais das mais variadas formas, afim de agradar o cliente, e isso não se diferencia quando o assunto é cerveja. A existência de muitos estilos de cerveja, dá condições para usarmos e abusarmos da criatividade nos variados sentidos do nosso corpo (visão, audição, tato, olfato e sabor), de modo que, o aspecto visual não deixa a desejar nesse quesito. Más, será que podemos associar tons de cerveja com características de sabor? E quanto ao corpo da cerveja? Uma cerveja mais escura, é necessariamente mais forte?

Nós, cervejeiros, usamos unidades técnicas de medidas padronizadas para diferenciar as possíveis cores das cervejas. Existem duas escalas de coloração amplamente utilizadas na indústria cervejeira atualmente, a escala SRM (Standard Reference Method), que é uma escala usada nos Estados Unidos, ou a escala Europeia EBC (Europian Brewery Convention). Estas duas escalas diferenciam as cores das cervejas por números em uma ordem crescente, onde, quanto maior o número da escala, mais escura será a cerveja. A escala Norte Americana tem números que vão de 1 a 40+, já a Europeia EBC vai de 2 a 80+. Portanto, podemos considerar que a escala de cores Europeia é basicamente o dobro da escala Americana.

Contudo, estas escalas de cores, apontam as possíveis cores que uma cerveja pode ter. A coloração das cervejas estão relacionadas com a quantidade e a qualidade de maltes a serem adicionados em uma cerveja. Visto que, o malte é uma matéria prima básica da cerveja, onde pode ser de alguns grãos, mas em sua maioria os maltes são de grãos de cevada. Esses maltes se diferenciam por seus diversos tipos de tratamento e temperaturas de secagem. Hoje existem inúmeros tipos de maltes, podendo ser bem claros, caramelados, escuros, torrados, defumados e secos de variadas formas. Esta gama de variedades de maltes vai fazer a diferença não só na coloração, mas como também em sabores e aromas, e dependendo de sua concentração na cerveja, seu corpo e força.

Então, cervejas mais claras ou escuras, ainda que possam tender a ter um aspecto de sabor e aroma esperado, pelo alto número de tipos de malte no mercado, é errado afirmar que cervejas claras tem um sabor singular, ou que cervejas escuras são mais fortes que cervejas claras.

O aspecto visual de uma cerveja, só diz respeito a sua aparência. Podemos ter cervejas claras com sabores torrados e muito fortes, ou cervejas escuras leves e refrescantes e vice-versa. A grande virtude do mercado cervejeiro atual é poder "brincar" com os sentidos do público alvo, inovando e fazendo a diferença. Portanto, se ver uma cerveja diferente por aí, que lhe agradou visualmente despertando-lhe curiosidade, experimente sem medo de surpreender-se, suas expectativas podem estar na contramão da realidade, e isso pode levar a experiências maravilhosas.


 
 
 

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Matheus Felipe Braga

Idealizador e editor do Diário do Cervejeiro, Sommelier de Cervejas, Cervejeiro Profissional Formado, Engenheiro de Produção.

matheuscervejeiro@gmail.com

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